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A História do Palete de Madeira
As referências aos tipos de paletes modernos iniciais são escassas com uma série de patentes mostrando partes do desenvolvimento. Uma das primeiras é uma patente dos EUA de um palete de madeira de 1924 descrevendo o "Lift Truck Platform" de Howard T. Hallowell. No final dos anos 1930, os paletes tornaram-se mais comuns pelo advento da popularização das empilhadeiras e barateamento das unidades por ocasião da revolução industrial.
Em uma conversa com Steve Raymond, descobri que o palete tem um pai. Na verdade, alguns pais ao longo da história.
Segundo Steve, neto de George Raymond, a história completa da invenção do palete foi perdida ao longo do tempo. O que ele sabe é que em nome de seu avô foi emitida a patente da empilhadeira no mesmo dia.
Essa invenção foi uma melhoria de um manipulador de skids, que foi fabricado no início do século passado. Naquela época, Raymond diz, as obras Lyon Iron era a fundição que fazia peças fundidas em ferro, ferramentas e implementos agrícolas.
George Raymond deu entrada com um pedido de patente dos paletes em 1938. A patente foi concedida em 1939 com o número EU 2178646. As características essenciais do palete patenteado por George, são comuns até os dias de hoje.
George desenvolveu a primeira empilhadeira e, em seguida, colocou o palete junto. "Era um palete de dupla face, com placas de fundo para dar-lhe mais resistência", diz Raymond. "Os garfos tinham rodas sobre eles para acessar através das aberturas e elevar o palete cerca de cinco ou seis centímetros do chão. Funcionou muito bem como um transpalete que conhecemos hoje, exceto que ele era muito mais pesado."
Uma outra patente requerida em 1939 por Carl Clark (precursor das empilhadeiras Clark) mostra um tipo de palete com barras de aço.
Os desenvolvimentos dos produtos no decorrer da Segunda Guerra Mundial foram, via de regra, patenteados apenas depois da guerra, de modo que há uma patente de Robert Braun de um palete de quatro entradas em 1945, e uma patente de Norman Cahners (um oficial de abastecimento da Marinha dos EUA) referenciando um tipo de palete descartável em 1949. O princípio de construção completo de uma palete de quatro vias moderna é descrito por Darling Graeme em 1949.
Os modelos mais comuns de paletes
Paletes descartáveis
Paletes descartáveis são os não retornáveis - acomodam uma determinada mercadoria, o custo está incluso no da mercadoria, viajam uma vez e não retornam mais.
O fato de um pallet receber a classificação de descartável sugere a algumas pessoas que o item terá um baixo custo, no entanto, vale lembrar que nem sempre isso ocorre, já que o que determina o valor de um pallet não é sua classificação, mas a sua estrutura para suportar a carga que se precisa paletizar.
Paletes movimentação (estocagem)
São concebidos para estocar mercadorias e facilitar sua locomoção de um local para outro. Com esses Paletes, os produtos não sofrerão os impactos do transporte e poderão ter durabilidade maior.
Para isso, o palete precisa ter uma estrutura que suporte diferentes quantidades de peso, além de suportar empilhamentos.
Palete retornável
Palete retornável é aquele utilizado quando as empresas possuem uma forma organizada de encaminhar seus produtos e receber de volta seus paletes para outros carregamentos, geralmente com os custos da embalagem (palete) diluído em duas, três ou mais utilizações.
Pelo fato de ser classificados como retornáveis, normalmente, possuem uma estrutura de madeira e fixação das peças capaz de suportar os impactos que sofrem durante carregamento, transporte e descarregamento.
Palete duas entradas
O palete duas entradas é confeccionado com longarinas ao invés de tocos, e utilizado nos casos em que se necessita maior resistência ao peso.
É, também, recomendado para uso em prateleiras (porta-paletes), pelo fato de que as mercadorias que ficam suspensas precisam ter mais resistência por questões de segurança.
O inconveniente do palete duas entradas é a possibilidade de as empilhadeiras poderem entrar apenas por dois lados.
Paletes quatro entradas
Possuem quatro entradas para empilhadeiras ou carros paleteiros. São confeccionados com tábuas superiores que, como ocorre com o palete duas entradas, podem ser vazados ou com face superior fechada (assoalhados).
Esses Paletes possuem tábuas intermediárias e sua principal característica são os pés montados com pedaços de pontaletes (tocos), que estabelecem sua sustentação e possibilitam que empilhadeiras e carros paleteiros possam entrar pelos quatro lados.
Paletes PBR
Os Paletes PBR têm medidas padronizadas de 1000 mm x 1200 mm, número de peças (tábuas superiores, tábuas intermediárias, tocos e tábuas inferiores) com quantidades e medidas padrão e possuem gravação a fogo nos tocos, explicitando o nome fabricante, o mês e o ano da fabricação.
Eles funcionam como vasilhames, pois suas características permitem que haja troca desses vasilhames entre empresas que utilizam o mesmo modelo e sua estrutura reforçada garante durabilidade ao material - existem paletes PBR em uso com até quinze anos em atividade.
Paletes usados
São os Paletes recolhido por empresas especializadas na tarefa de limpeza desses produtos, que são acumulados em outras empresas que consomem produtos paletizados.
É grande a frequência de Paletes recebidos no Brasil por importação de mercadorias. Por isso, é bastante comum localizar esses itens nos comércios de pelete usado.
As empresas que trabalham com Paletes usados oferecem um eficiente serviço de reciclagem, reaproveitamento dos próprios Paletes ou transformação deles em cavacos para produção de energia. Esses fornecedores promovem a reforma e recolocam os Paletes no mercado. Desta forma, além de oferecer produtos a baixo custo para a indústria, proporcionam um benefício ao meio ambiente.
Paletes dupla face
Paletes dupla face são um modelo com tábuas em cima e embaixo, podendo ser reversíveis ou não, e construídos nas opções de paletes duas entradas ou paletes quatro entradas.
Paletes para exportação
Paletes para exportação podem ser construídos em qualquer modelo e tamanho para serem acomodados em cargas aéreas, marítimas ou terrestres.
O que define seu tamanho são os espaços que o palete utilizará quando no transporte. Ele é dimensionado para melhor aproveitamento de espaços em aviões, containers ou carrocerias.
A diferença básica entre Paletes exportação e aqueles para mercado interno são os tratamentos fitossanitários que recebem com o objetivo de eliminar quaisquer espécies de seres vivos que possam existir nas madeiras, impossibilitando, assim, a disseminação de pragas e doenças vegetais entre os países.